Se fizermos referência à legislação suíça, a lei sobre a concorrência desleal estipula que “a concessão de um crédito é proibido caso ele possa causar o endividamento do consumidor” (artigo 3 LCD – lei sobre a concorrência desleal). De fato, os bancos se baseiam neste artigo para definir, para cada requerente, um scoring que reflita sua situação. Esse scoring depende de um número de fatores, e confere grande importancia às receitas do requerente. Logo, um estudante sem renda fixa não terá um scoring suficiente para conseguir um empréstimo de um banco.
Porém, é importante entender que não é o status de estudante que bloqueia a possibilidade de obter um empréstimo, mas a ausência de receitas regulares. Por conseguinte, certos estudantes com renda fixa poderiam, em tese, obter um crédito para financiar sua formação.
Concretamente, um estudante com uma renda mensal fixa de ao menos 2’900 chf brutos poderia obter um empréstimo para financiar seus estudos. Este também pode ser o caso de uma pessoa que trabalha e que deseja financiar um curso de formação ou de idiomas qualquer na horas vagas, ainda enquanto empregada.
O empréstimo para estudantes pode evidentemente ser efetuado para financiar a educação de seus filhos. Assim, toda pessoa que tiver uma renda regular e que desejar oferecer aos seus filhos uma formação cara (escolas privadas, instituições específicas, etc.) poderá, teóricamente, recorrer ao empréstimo privado de um banco para obter os fundos necessários. Neste caso, o motivo do empréstimo (formação) não entra em consideração: só a situação dos requerentes (os pais) será tomada em conta para determinar a possibilidade de obter, ou não, um empréstimo.
Além de uma renda fixa de no mínimo 2’900 chf, outras condições podem ser aplicadas a depender da situação do requerente: tipo de autorização de trabalho, situação familiar, eventuais antecedentes financeiros, orçamento, etc. Para saber se um crédito estudantil é possível no seu caso, o melhor a se fazer é consultar um especialista em crédito pessoal como a Multicrédit, que propõe também créditos para formação.
Quando um empréstimo privado convencional não é possível, restam outras alternativas, em especial as bolsas de estudo concedidas pelos cantões ou, às vezes, por instituições privadas.